quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ENGENHO DO SENHOR JACÓ





















NOVA VISITA A MINERADORA VALE DO GESSO


A história do gesso no sertão do araripe começa em janeiro de 1942, quando Domingos de Campos, um funcionário do governo de São Paulo, viaja à Teresina – PI – para levar uma encomenda. Na volta ele passa por Araripina – PE, onde fica isolado por alguns dias por causas de fortes chuvas.
Seguindo sua viagem, ele passa por um pequeno povoado chamado de Santa Cruz. Lá, num estabelecimento comercial avista uma pedra branca, após informar-se soube que a pedra era de Manoel Torquanto.
Domingos de Campos, como conhecedor ficou abismado ao saber que a pedra existia em abundância na região, foi até São Paulo e voltou ao local onde a pedra foi encontrada. Ele subiu o córrego Pitombeira em Ouricuri e identificou o que ficaria conhecida como a primeira jazida de gipsita do Araripe, no pé da Serra do Inácio. Já pelos anos de 1950 outra descoberta ocorreu, desta vez pelo agricultor Teotônio Pinto que comprou uma área de terra na Serra do Araripe para cultivar mandioca.
Durante o plantio observou que as plantas não se desenvolviam e que as formigas de sua terra sempre estavam sujas de um pó branco. Ele cava e leva uma amostra do material branco para Recife e descobre que se trata de gesso. Após outras descobertas importantes de jazidas, este minério tornou-se o principal produto da região.
Para fazer o gesso, o primeiro passo é escavar a gipsita, que é abundante. A rocha é então moída e levada a um forno, onde as altas temperaturas desidratam o minério.
O setor tem mais de 600 empresas, entre minas, fábricas e fornecedores. Emprega 80 mil pessoas, movimenta mais de 1 bilhão de dólares por ano. Está crescendo como chinês neste momento do boom da construção civil. 95% do gesso consumido no Brasil sai do polo gesseiro. As obras da ferrovia Transnordestina anunciam que em breve o Araripe será diretamente conectado ao porto de Suape e ao mercado internacional. Mais prosperidade pela frente.